terça-feira, 21 de maio de 2019

No mundo dos sonhos


O sol já se pôs,
Ao longe, no horizonte...
E no céu resplandecente,
Brilha já uma lua de diamante...
Que com seus raios
De prata dourada,
Vem beijar teus cabelos,
Docemente...
E tu embalada,
Já no mundo dos sonhos
Sonhas...
Descansada.
Sonhos, tão belos.

domingo, 19 de maio de 2019

Alma triste


Quando a alegria se me vai,
Quando a tristeza aperta,
Por esta felicidade, que não vem,
Beijar minha alma, desperta.
Ó destino porque foges,
De quem tão pouco tem,
Não há amanhãs, apenas hojes,
Nesta alma deserta.
E sem qualquer caridade,
Vais fugindo de mim, com desdém,
Foges de mim, ó felicidade,
Da minha alma, para parte incerta. 
E se não fosse o castigo,
Prometido, a quem desiste,
Deixava fugir contigo,
Esta minha alma triste.

O Vento


Sopra-me esta brisa,
Entra-me na alma este cheiro,
Num mar de verde,
Num mar de azul, naufragado.
E meu coração desterrado
Traz ao espírito a sede,
De teu coração, inteiro,
Que a minh’alma tanto precisa.

Sopra... no meio do Pinho,
E faz-se assobiar,
Erguendo-se de verde, ao céu,
Segredando-me ao ouvido,
Desperta-me o sentido,
Levanta-se o véu,
Pudesse eu, para sempre te amar,
Pudesse eu, amar-te devagarinho.

Mas qual vento dançante,
De que só fica a recordação,
Entre as folhas do arvoredo,
Que vejo por sobre o mar.
Fica o querer-te amar,
Entre o desespero e o medo,
Preso em meu coração,
Fica o querer ser teu amante!

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Teus olhos negros


São negros...
Os teus olhos,
Negros de escuridão,
Que me alumiam o caminho,
Que me predem o coração.
E os meus olhos, cegos...
Vão sussurrando, baixinho...
Dá-me a tua mão!
Mas ficam, meus olhos...
Sozinhos...
A ver-te ao longe,
Sozinhos, em solidão...
Mas se um dia,
Se cruzam, nossos caminhos...
Esses teus olhos, negros...
Alumiam...
Os meus cegos,
E enchem-me o coração.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Without you

The smile of your eyes…

Is brigther than the skies!

The dance of your mouth…

Makes me dream, without a doubt!

And when you smile,

So brigth…

I find my lips,

In the midlle of a figth,

Dreaming that for a while,

They can touch that smile.

And then I close my eyes…

Dreaming I can touch your hair…

But they are just dreams,

Passing trough my head,

As you pass by me,

And make my heart trumble,

Because you can’t see,

That without you,

I no more but dead.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Grão...

Seguem dançando,

De mãos postas orando,

Todo o tempo.

Vão…

Numa valsa dourada,

Em constante movimento,

Sem música, nem compasso,

Apenas balouçando,

Ao sabor do vento,

Cantam canções,

Ao som de brisas,

De vento, assobiado.

E…

Choram a desilusão,

De quem dança,

Um curto bailado.

Pois todo o trigo,

É um dia ceifado,

E torna a ser grão.

sábado, 24 de abril de 2010

Lágrima

Lágrima…

Que pela face me cai…

Que tão longe vai…

Gritar o meu lamento.

Lágrima…

Que me lavas a alma…

E me devolves a calma…

Leva de mim o sofrimento.

Lágrima…

Que sabes do meu sentir…

Cai, e deixa contigo cair…

O meu descontentamento.

Lágrima…

Que vens do fundo do meu ser…

Lamento do meu querer…

Leva de mim este tormento.

Lágrima…

Fruto do meu chorar…

Por não conseguir controlar…

Este meu sentimento.

Lágrima…

Liberta te de mim e foge…

E leva para longe…

O meu arrependimento.

Lágrima…

Cai e deixa-me sorrir…

Por finalmente sentir…

Que contigo acaba todo o sofrimento.

Num mar....

O que oiço no teu olhar,

Que vejo quando por ti passo,

São serenatas de encantar,

À distância de um abraço,

Nesse olhar onde me perco,

Tudo o que eu queria,

Em troca de tudo o que faço,

Era poder um dia,

Afogar-me no teu abraço.

E juro não lutaria,

Contra o meu afogamento,

Por teu abraço morreria,

Num mar de contentamento,

Devolve-me o teu olhar,

Quando por ti passo,

E ouve este meu lamento,

Deixa-me afogar,

No teu abraço,

E morrer de contentamento.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Durmo


Mergulho na escuridão,
que consome toda a luz,
donde nada sobressai,
mas onde tudo me seduz,
e eis que a noite cai,
e mergulho em solidão.
E vejo lá no fundo,
onde nunca ninguém vai,
lá onde se escondem os sonhos,
que movem o mundo,
onde a luz sobressai,
e os demónios são risonhos.
Um ânimo para a alma,
que afasta os demónios,
uma esperança que não é vã,
e me traz a calma,
que só existe nos sonhos,
na certeza de um amanhã.
Mas há uma voz que me chama,
apenas uma vaga esperança,
num momento muito breve,
enquanto durmo na minha cama,
a minha alma dança,
flutuando ao de leve.
Para a voz que me chama,
para onde nunca ninguém esteve,
é uma voz que me seduz,
dizendo que me ama,
afastando-me da luz,
vou deixando que me leve.
Afasto me da minha cama,
e de tudo o que conheço,
vejo o meu destino cumprido,
assim que adormeço,
e avanço destemido,
para a voz que me chama.
Mas só escondo o medo,
neste caminho sem sentido,
onde há uma voz que me inflama,
mesmo que me sinta perdido,
dizendo que me ama,
e ao ouvi-la eu cedo.
Afasto me da minha cama,
mas não fujo ao destino,
que vejo lá ao fundo,
onde não arde nem uma chama,
no fundo mais profundo,
e que me faz sentir pequenino.
No meio desta imensidão,
assim adormecido,
longe do mundo,
no fundo mais profundo,
vejo o meu destino cumprido,
quando mergulho na escuridão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Paradoxo

É um paradoxo,
viver neste estado,
vivo sem nexo,
praqui encostado.
Se ao menos houvesse,
algo que daqui me tirasse,
talvez pudesse...
talvez... me libertasse.
Mas inda assim,
sempre que posso,
liberto me de mim,
o que em si é um paradoxo!
Mas de repente,
fico diferente.
Liberto-me de mim,
viajo no espaço,
mas inda assim,
sinto que o faço,
não porque posso,
mas porque vivo,
Num paradoxo!

sábado, 28 de novembro de 2009

Hey there sunshine...

Hey there sunshine,
Won´t you shine a little bit for me?
Open up your eyes,
and make me dream of the stars,
make me dream I'm free...
lost in the shine of your eyes,
like a saylor, lost in the sea...
Hey there sunshine,
Won´t you shine a little bit for me?
Spread your lips and smile...
The moment I touch your hair,
I look at you and stare,
as you make me dream of the stars,
make me dream I'm free...
Hey there sunshine,
Won´t you shine a little bit for me?
As I spread my wings and fly,
I wish to take you with me...
in my fligth to the stars,
in my dream to be free,
Because I know sunshine,
you're just a dream that can never be...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Bom dia

Se eu pudesse um dia,
Pegava na pena e escrevia...
Para te dizer o que sinto,
Para que vejas que não minto...
Porque escrevendo,
Sempre te ia dizendo,
Aquilo que não te digo,
Mesmo quando estás comigo.
Pois que assim a minha alma chora,
Porque é dura esta demora,
Do tempo que levo a chegar até ti,
Tu, aquela que eu nunca vi...
E assim me empenho com todo o enlevo,
A escrever aquilo que escrevo,
Pois assim a escrever,
Digo te o que não consigo dizer,
Quando estás ao meu lado...
Que triste é este meu fado,
De percorrer esta vida,
Por todos os momentos vivida,
Nesta minha grande ilusão...
De ter um dia no coração,
Essa grande alegria...
Pois acordando a teu lado veria
Todos os dias o amanhecer,
E poder-te-ia assim dizer...
Minha querida,
Luz da minha vida,
Fonte da minha alegria...
Bom dia!


(Se ao menos tivesse a quem dizer bom dia...)

Gente que passa

Vejo a gente que passa,
Por essa rua fora...
Parecem uma única massa,
Que corre sem demora,
Assim a nossa vida passa,
E nós por ela fora...
Deixamo-la assim passar,
Até que chegue a nossa hora.
Muitas vezes passamos nós sem notar,
Quem por nós passa e nos adora...
Pois na nossa pressa de andar,
Vivemos a correr,
Muitas vezes sem reparar,
Que nos esquecemos de viver...
E só quando vemos tudo a acabar,
Pensamos finalmente...
Como podiamos passar,
Entre a gente que passa,
De forma diferente.


(Vou passar a viver de forma diferente...)

domingo, 31 de maio de 2009

A tua trança

Como dança essa tua trança,
Que desce sobre o teu cabelo,
Que gosto me dá ao vê-lo,
Nessa sua dança,
Em que tua a trança,
Subitamente se envolve,
E até parece que é ela que resolve,
A forma como o teu corpo avança,
Nesse teu doce caminhar...
E enquanto tu caminhas,
Lá vai ela às voltinhas,
Para lá e para cá,
E eu fico aqui a pensar,
Nas voltas que ela dá.
Como é gostoso vê-la dançar,
Nesse seu jeito singelo,
Não há nada mais belo,
Do que vê-la a passar,
Aninhada no teu cabelo.
Se eu ao menos eu pudesse dançar,
Com a tua trança, uma dança,
De certo iria flutuar,
Nas asas de um par tão belo,
Mas por agora, limito-me a comtemplar,
Essa trança no teu cabelo...
Mas não perdi ainda a esperança,
De um dia a convidar,
Para dançar...
Comigo... Uma dança.


(Queres dançar...?)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Escrevo para ti...

Escrevo para ti,
Eu que ainda não te conheci,
Nem sequer sei,
Se alguma vez te conhecerei.
Mas ainda assim,
Tenho para mim,
Que não és só um relevo,
No meio daquilo que escrevo...
Não és apenas mais uma miragem...
No meio desta imagem,
E eu estou deserto,
De saber ao certo,
Como és verdadeiramente,
Tu, que de entre toda a gente,
Despertaste a minha atenção,
Como é esse teu coração.
Certamente... caloroso...
E eu fico desejoso,
De não apenas te ver,
Quero-te um dia, finalmente conhecer...


(Onde andas que não te conheço...)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jasmin

Como meus olhos sorriem para ti,
Assim eu queria que sorrissem os teus,
Pois foi a sorrirem assim,
Que os teus encantaram os meus,
E assim tu brilhas para mim,
Como as estrelas bilham nos céus,
Pois teus olhos tão brilhantes,
Não são de oiro nem de marfim,
São dois puros diamantes,
São duas flores de jasmin,
Para mim as mais importantes,
Gostava de cultivá-las no meu jardim,
E tratá-las com carinho,
Para poder todas as manhãs,
Sentir o seu cheiro,
Ainda as minhas esperanças não são vãs,
De um dia ser o seu jardineiro,
E acredita que não há neste mundo,
Diamantes, oiro ou dinheiro,
Que pague esse olhar tão profundo,
Para mim, de entre todos o primeiro…


(Gostava de ser jardineiro...)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O meu cubo

São angustiantes,
Os dias que passo aqui fechado,
Já o mundo não é como dantes,
Não sei se mudou o mundo,
Ou se sou eu que estou mudado,
Mas há em mim um sentimento profundo,
Que me deixa angustiado,
Fechado neste cubo,
Fechado! Para sempre aqui fechado!
Olho lá para fora e descubro,
Que há vida lá do outro lado,
Quem me dera sair do cubo…
Enfrentar a vida despreocupado,
Bastava-me abrir uma porta,
E deixar o cubo abandonado,
Ou então abrir uma janela,
E saltar livre para o outro lado!
Mas… Tenho medo dela,
Dessa vida, fora do cubo fechado…
Ao menos aqui não tenho que ter cautela,
Pois aqui é tudo controlado…
E eu tenho medo dela,
Dessa liberdade lá do outro lado…
E assim à cautela, vou ficando…
Fechado… Para sempre aqui fechado…


(Estou prestes a deixar o cubo...)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pensamento...

Se eu pudesse saber,
O que vai no teu pensamento,
Assim podia morrer,
E comigo, meu sofrimento,
E morrendo, renascia,
Em ti, a cada momento
Em rios de alegria,
Desaguando…
Em mares de contentamento,
Se ao menos te pudesse dizer…
O que vai no meu pensamento,
Poderias então ver,
Onde nasce o que escrevo…
Gostava de te dizer,
Mas sinto que não devo,
Não é chegado ainda o momento…
Assim escrevo,
E escrevendo não digo,
Que vivo cada dia para te ver,
E que de noite sonho contigo.

(Um dia vou te dizer...)

Sonho...

És como uma gaivota que voa,
Lá longe do meu olhar,
És um sonho que magoa,
Por não te conseguir alcançar...
És um sonho por sonhar,
Voando nas asas do meu pensamento,
Assim eu sonho voar,
Nas asas do teu sentimento...
Nem que fosse só por um momento,
Bateria as asas de felicidade,
E nesse meu éfemero esvoaçar,
Saber-me-ia cada segundo a eternidade...
Bateria as asas de vaidade,
Voando em tua direcção,
Seria feliz de verdade,
Abandonaria a solidão,
Esta solidão,
Que me invade...
Seria toda ela a emoção,
Ao invés desta saudade...
Seria o meu sonho realidade.
Que bom que seria voar...
Como a gaivota que voa,
Lá longe do meu olhar,
E eu, que sonho à toa,
Ainda assim não quero acordar...


(Será que é só um sonho...?)

sábado, 23 de maio de 2009

Minha esperança perdida

Na penumbra das horas,
Que passo neste meu quarto,
Pergunto-me, porque demoras?
Pergunto-me, porque estou farto!
Porque estou farto de esperar,
Nas horas desta vida,
Pela esperança de encontar,
Outra esperança que foi perdida...
E então levanto-me e caminho
Por esta vida, assim vivida,
Mas vou devagarinho,
Ao teu encontro, esperança perdida...
E no meio desta neblina,
Que tolda o meu ver...
Raia a tua luz, cristalina,
Tal como raia, o sol ao amanhecer...
És a luz que me ilumina,
Neste meu caminhar,
Pois embora pequenina,
Ainda tenho esperança de te encontrar,
Neste tumulto em que caminho,
Por esta vida, assim vivida,
Sigo, mas vou devagarinho,
Ao teu encontro, esperança perdida...


(Ainda tenho esperança de te encontrar...)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Escrever...

Escrever é tirar da alma,
A dor que cá dentro, a gente tem.
É pegar na caneta, e com calma,
Dizer, o que não dizemos a ninguém…

É ler nos pensamentos,
Que flutuam na imensidão,
Aqueles bons momentos,
Que ainda nos partem o coração.

E ao escrever a caneta fala,
Daquilo que nos magoa,
O que a boca cala,
Mas que a alma toda apregoa…

E gritando em sussurros,
Esses murmúrios do infinito…
Condensamos nossos pensamentos mais duros,
Todos num só grito!


(Eis porque escrevo...)