domingo, 19 de maio de 2019

O Vento


Sopra-me esta brisa,
Entra-me na alma este cheiro,
Num mar de verde,
Num mar de azul, naufragado.
E meu coração desterrado
Traz ao espírito a sede,
De teu coração, inteiro,
Que a minh’alma tanto precisa.

Sopra... no meio do Pinho,
E faz-se assobiar,
Erguendo-se de verde, ao céu,
Segredando-me ao ouvido,
Desperta-me o sentido,
Levanta-se o véu,
Pudesse eu, para sempre te amar,
Pudesse eu, amar-te devagarinho.

Mas qual vento dançante,
De que só fica a recordação,
Entre as folhas do arvoredo,
Que vejo por sobre o mar.
Fica o querer-te amar,
Entre o desespero e o medo,
Preso em meu coração,
Fica o querer ser teu amante!

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