quinta-feira, 4 de junho de 2009

Bom dia

Se eu pudesse um dia,
Pegava na pena e escrevia...
Para te dizer o que sinto,
Para que vejas que não minto...
Porque escrevendo,
Sempre te ia dizendo,
Aquilo que não te digo,
Mesmo quando estás comigo.
Pois que assim a minha alma chora,
Porque é dura esta demora,
Do tempo que levo a chegar até ti,
Tu, aquela que eu nunca vi...
E assim me empenho com todo o enlevo,
A escrever aquilo que escrevo,
Pois assim a escrever,
Digo te o que não consigo dizer,
Quando estás ao meu lado...
Que triste é este meu fado,
De percorrer esta vida,
Por todos os momentos vivida,
Nesta minha grande ilusão...
De ter um dia no coração,
Essa grande alegria...
Pois acordando a teu lado veria
Todos os dias o amanhecer,
E poder-te-ia assim dizer...
Minha querida,
Luz da minha vida,
Fonte da minha alegria...
Bom dia!


(Se ao menos tivesse a quem dizer bom dia...)

Gente que passa

Vejo a gente que passa,
Por essa rua fora...
Parecem uma única massa,
Que corre sem demora,
Assim a nossa vida passa,
E nós por ela fora...
Deixamo-la assim passar,
Até que chegue a nossa hora.
Muitas vezes passamos nós sem notar,
Quem por nós passa e nos adora...
Pois na nossa pressa de andar,
Vivemos a correr,
Muitas vezes sem reparar,
Que nos esquecemos de viver...
E só quando vemos tudo a acabar,
Pensamos finalmente...
Como podiamos passar,
Entre a gente que passa,
De forma diferente.


(Vou passar a viver de forma diferente...)