domingo, 31 de maio de 2009

A tua trança

Como dança essa tua trança,
Que desce sobre o teu cabelo,
Que gosto me dá ao vê-lo,
Nessa sua dança,
Em que tua a trança,
Subitamente se envolve,
E até parece que é ela que resolve,
A forma como o teu corpo avança,
Nesse teu doce caminhar...
E enquanto tu caminhas,
Lá vai ela às voltinhas,
Para lá e para cá,
E eu fico aqui a pensar,
Nas voltas que ela dá.
Como é gostoso vê-la dançar,
Nesse seu jeito singelo,
Não há nada mais belo,
Do que vê-la a passar,
Aninhada no teu cabelo.
Se eu ao menos eu pudesse dançar,
Com a tua trança, uma dança,
De certo iria flutuar,
Nas asas de um par tão belo,
Mas por agora, limito-me a comtemplar,
Essa trança no teu cabelo...
Mas não perdi ainda a esperança,
De um dia a convidar,
Para dançar...
Comigo... Uma dança.


(Queres dançar...?)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Escrevo para ti...

Escrevo para ti,
Eu que ainda não te conheci,
Nem sequer sei,
Se alguma vez te conhecerei.
Mas ainda assim,
Tenho para mim,
Que não és só um relevo,
No meio daquilo que escrevo...
Não és apenas mais uma miragem...
No meio desta imagem,
E eu estou deserto,
De saber ao certo,
Como és verdadeiramente,
Tu, que de entre toda a gente,
Despertaste a minha atenção,
Como é esse teu coração.
Certamente... caloroso...
E eu fico desejoso,
De não apenas te ver,
Quero-te um dia, finalmente conhecer...


(Onde andas que não te conheço...)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jasmin

Como meus olhos sorriem para ti,
Assim eu queria que sorrissem os teus,
Pois foi a sorrirem assim,
Que os teus encantaram os meus,
E assim tu brilhas para mim,
Como as estrelas bilham nos céus,
Pois teus olhos tão brilhantes,
Não são de oiro nem de marfim,
São dois puros diamantes,
São duas flores de jasmin,
Para mim as mais importantes,
Gostava de cultivá-las no meu jardim,
E tratá-las com carinho,
Para poder todas as manhãs,
Sentir o seu cheiro,
Ainda as minhas esperanças não são vãs,
De um dia ser o seu jardineiro,
E acredita que não há neste mundo,
Diamantes, oiro ou dinheiro,
Que pague esse olhar tão profundo,
Para mim, de entre todos o primeiro…


(Gostava de ser jardineiro...)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O meu cubo

São angustiantes,
Os dias que passo aqui fechado,
Já o mundo não é como dantes,
Não sei se mudou o mundo,
Ou se sou eu que estou mudado,
Mas há em mim um sentimento profundo,
Que me deixa angustiado,
Fechado neste cubo,
Fechado! Para sempre aqui fechado!
Olho lá para fora e descubro,
Que há vida lá do outro lado,
Quem me dera sair do cubo…
Enfrentar a vida despreocupado,
Bastava-me abrir uma porta,
E deixar o cubo abandonado,
Ou então abrir uma janela,
E saltar livre para o outro lado!
Mas… Tenho medo dela,
Dessa vida, fora do cubo fechado…
Ao menos aqui não tenho que ter cautela,
Pois aqui é tudo controlado…
E eu tenho medo dela,
Dessa liberdade lá do outro lado…
E assim à cautela, vou ficando…
Fechado… Para sempre aqui fechado…


(Estou prestes a deixar o cubo...)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pensamento...

Se eu pudesse saber,
O que vai no teu pensamento,
Assim podia morrer,
E comigo, meu sofrimento,
E morrendo, renascia,
Em ti, a cada momento
Em rios de alegria,
Desaguando…
Em mares de contentamento,
Se ao menos te pudesse dizer…
O que vai no meu pensamento,
Poderias então ver,
Onde nasce o que escrevo…
Gostava de te dizer,
Mas sinto que não devo,
Não é chegado ainda o momento…
Assim escrevo,
E escrevendo não digo,
Que vivo cada dia para te ver,
E que de noite sonho contigo.

(Um dia vou te dizer...)

Sonho...

És como uma gaivota que voa,
Lá longe do meu olhar,
És um sonho que magoa,
Por não te conseguir alcançar...
És um sonho por sonhar,
Voando nas asas do meu pensamento,
Assim eu sonho voar,
Nas asas do teu sentimento...
Nem que fosse só por um momento,
Bateria as asas de felicidade,
E nesse meu éfemero esvoaçar,
Saber-me-ia cada segundo a eternidade...
Bateria as asas de vaidade,
Voando em tua direcção,
Seria feliz de verdade,
Abandonaria a solidão,
Esta solidão,
Que me invade...
Seria toda ela a emoção,
Ao invés desta saudade...
Seria o meu sonho realidade.
Que bom que seria voar...
Como a gaivota que voa,
Lá longe do meu olhar,
E eu, que sonho à toa,
Ainda assim não quero acordar...


(Será que é só um sonho...?)

sábado, 23 de maio de 2009

Minha esperança perdida

Na penumbra das horas,
Que passo neste meu quarto,
Pergunto-me, porque demoras?
Pergunto-me, porque estou farto!
Porque estou farto de esperar,
Nas horas desta vida,
Pela esperança de encontar,
Outra esperança que foi perdida...
E então levanto-me e caminho
Por esta vida, assim vivida,
Mas vou devagarinho,
Ao teu encontro, esperança perdida...
E no meio desta neblina,
Que tolda o meu ver...
Raia a tua luz, cristalina,
Tal como raia, o sol ao amanhecer...
És a luz que me ilumina,
Neste meu caminhar,
Pois embora pequenina,
Ainda tenho esperança de te encontrar,
Neste tumulto em que caminho,
Por esta vida, assim vivida,
Sigo, mas vou devagarinho,
Ao teu encontro, esperança perdida...


(Ainda tenho esperança de te encontrar...)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Escrever...

Escrever é tirar da alma,
A dor que cá dentro, a gente tem.
É pegar na caneta, e com calma,
Dizer, o que não dizemos a ninguém…

É ler nos pensamentos,
Que flutuam na imensidão,
Aqueles bons momentos,
Que ainda nos partem o coração.

E ao escrever a caneta fala,
Daquilo que nos magoa,
O que a boca cala,
Mas que a alma toda apregoa…

E gritando em sussurros,
Esses murmúrios do infinito…
Condensamos nossos pensamentos mais duros,
Todos num só grito!


(Eis porque escrevo...)

Amizade

Verdes e cristalinos,
São teus olhos, tão brilhantes,
Quando sorris são pequeninos,
Mas a todo o tempo tão radiantes.
E nesse sorriso de marfim,
Da tua boca pendem diamantes,
Incrustados em cetim,
De uns lábios cintilantes,
Mas tenho para mim,
que o teu maior tesouro,
é uma amizade sem fim,
daquelas que valem ouro,
e já não há por aí,
como dantes,
porque afinal e no fim,
os amigos é que são importantes.


(obrigado pelo apoio nos momentos complicados...)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O teu doce desfilar

Como deslizas na minha frente,
Assim passas, sem te poder tocar,
Desfilas perante mim...
Suavemente...
Com uma graça, de encantar,
E quem passa entre a gente,
Passa sem notar...
O que é ver-te, alegremente,
Nesse teu doce desfilar...
E quem desfila assim,
Certamente,
Sabe o que é encantar,
Encantas-me, a mim,
Profundamente,
E eu gosto, de me deixar encantar.

(Encantas-me...)

Teus cabelos...

São de oiro, esses fios,
Que pendem sobre ti,
São cabelos esguios,
Os mais lindos que já vi…
Pudera eu usar meus dedos,
Para neles navegar,
E dir-te-ia por entre segredos,
Palavras de encantar…
E navegando nessa calma,
Que emana sobre ti,
Aportaria a minha alma,
Nessa boca que sorri.


(dedicado àquela que prendeu o meu olhar...)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Olhares


Trago nos olhos esse teu olhar,
De um olhar, tão profundo…
E enquanto nos estávamos a olhar,
O tempo parou no mundo.
Agora na ausência do teu olhar,
Trago no pensamento,
Esses olhos de profundo olhar,
Teus cabelos ao sabor do vento,
Teu sorriso de encantar,
Nesse breve momento,
Nesse breve segundo,
Em que parou o tempo,
E entraste no meu mundo….


(dedicado àquela que prendeu o meu olhar...)